Grupo queria chamar atenção à perseguição a pessoas LGBT na Chechênia
A polícia russa prendeu ao menos 17 pessoas que faziam um protesto contra a perseguição de homossexuais na Chechênia. De acordo com jornais locais, o ato ocorreu nesta segunda-feira (1) em São Petersburgo.
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Os manifestantes estavam deitados no chão, manchados de tinta vermelha, que representava sangue, e cobertos por bandeiras com as cores do arco-íris, símbolo da comunidade LGBT. O protesto chamava atenção para as detenções de homossexuais na Chechênia.
O portal de notícias Novoya Gazeta denunciou no início de abril a criação de um campo de concentração para pessoas LGBT na Chechênia , onde as pessoas são torturadas com choques elétricos e espancadas até a morte. O porta-voz de Razman Kadyrov, presidente da Chechênia, negou tudo para a agência de notícia Interfax. Entretanto, ele afirmou que não existem homossexuais na região.
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"Você não pode prender ou reprimir pessoas que simplesmente não existem na República. Se essas pessoas existiam na Chechênia, a polícia não teria que se preocupar com elas, porque seus próprios parentes os teriam mandado para onde nunca poderiam retornar", disse Alvi Karimov.
Segundo o Novoya Gazeta, mais de 100 homens foram secretamente detidos nas últimas semanas apenas por serem gays. Ao menos quatro podem ter sido mortos.
O presidente Razman Kadyrov, que é um aliado fundamental de Vladimir Putin, supostamente ordenou a repressão, embora oficialmente seu regime tenha negado as detenções. Kadyrov já foi acusado de violações de direitos humanos anteriormente.
Protesto

Uma fonte da polícia afirmou para a agência de notícias AFP que foram detidas pessoas que provocaram desordens públicas durante o desfile do Dia do Trabalho, celebrado nesta segunda-feira. Um dos manifestantes precisou de atendimento médico após desmaiar.
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Marla Mai, uma das manifestantes presas nesta manhã durante o protesto a favor dos homossexuais escreveu em sua página no Facebook que já foi solta com o seu grupo, após sete horas e meia de detenção.